O e-commerce headless é uma abordagem que tem se tornado cada vez mais popular entre as empresas que desejam melhorar a experiência de compra do cliente, aumentar as vendas e, ao mesmo tempo, reduzir custos de desenvolvimento e manutenção do sistema.
Basicamente, esse tipo de tecnologia possibilita a separação da camada de apresentação da loja virtual (front-end) da camada de processamento de pedidos e gestão de estoques (back-end), permitindo que as duas camadas trabalhem de forma independente, mas ainda assim se comuniquem entre si.
Embora seja um conceito relativamente novo, muitas empresas, inclusive de grande expressão no mercado, optaram por migrar suas plataformas para absorver as vantagens que o e-commerce headless pode oferecer. Trouxemos três exemplos de empresas consolidadas no mercado que adotaram com sucesso o e-commerce headless e obtiveram resultados positivos! Confira.
E-commerce headless: o que é?
O e-commerce headless é uma arquitetura de comércio eletrônico que atua de forma independente entre o front-end e o back-end. Dessa forma, tudo que é apresentado ao usuário não depende diretamente da camada de lógica de negócios e gerenciamento de dados (back-end). Isso significa que as funcionalidades do site, como exibição de produtos, carrinho de compras, finalização de pedidos, entre outras, são tratadas separadamente do gerenciamento de conteúdo e comércio eletrônico utilizada pela empresa.
Com essa abordagem, as empresas podem ter mais flexibilidade e agilidade no desenvolvimento do front-end do site, permitindo que os desenvolvedores trabalhem com uma variedade de tecnologias para criar experiências de usuário mais personalizadas, rápidas e responsivas, sem afetar a camada de lógica de negócios e sem precisar lidar com as restrições e limitações da plataforma de comércio eletrônico.
Outra característica do e-commerce headless é que ele permite que as empresas ofereçam uma experiência de compra mais consistente e personalizada em diferentes plataformas, como desktops, dispositivos móveis, smartwatches e assistentes virtuais. Além disso, essa arquitetura também pode ajudar as empresas a se adaptarem mais rapidamente às mudanças no mercado, pois o front-end pode ser atualizado independentemente do back-end.
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Quais são as vantagens de ter um e-commerce headless?
O e-commerce headless oferece diversas vantagens, sendo a flexibilidade uma das principais delas. Com o front-end atuando separadamente do back-end, as empresas podem escolher as melhores ferramentas para cada uma dessas camadas, sem estar presas a uma única plataforma. Isso permite uma maior agilidade na implementação de novas funcionalidades e na adaptação às mudanças do mercado.
Outra vantagem do e-commerce headless é a escalabilidade. Com a separação das camadas, a plataforma pode ser facilmente escalada para atender ao aumento do tráfego ou da demanda. Isso é especialmente importante em datas comemorativas ou promoções sazonais, quando o volume de pedidos pode aumentar significativamente.
Além disso, a adoção do e-commerce headless pode resultar em uma experiência do usuário melhor e mais personalizada. Isso porque, é possível criar uma interface de usuário mais ágil e intuitiva, sem comprometer a funcionalidade da plataforma. Isso resulta em uma experiência de compra mais agradável, o que pode levar a um aumento nas vendas e na fidelização dos clientes.
Por fim, a adoção do e-commerce headless pode contribuir em uma redução de custos, permitindo uma manutenção mais fácil e eficiente da plataforma, reduzindo também os custos com equipe e manutenção.
Em resumo, as principais vantagens de um e-commerce headless são:
- Flexibilidade
- Escalabilidade
- Melhoria da experiência do usuário
- Maior capacidade de personalização
- Redução de custos.
3 exemplos de grandes empresas que optaram pelo e-commerce headless
1 – Sephora
A Sephora é uma rede de lojas de cosméticos e beleza que adotou o e-commerce headless com sucesso em 2018. Com a nova plataforma, a empresa conseguiu aumentar a velocidade de carregamento de suas páginas e melhorar a experiência do usuário. Além disso, a empresa pôde oferecer uma experiência omnichannel mais integrada e personalizada, com uma plataforma de vendas mais flexível e escalável.
Além disso, a empresa investiu em tecnologias como Progressive Web Apps (PWA) e Single Page Applications (SPA) para oferecer uma experiência de usuário mais fluida e personalizada. Com essas tecnologias, a plataforma é capaz de se adaptar às necessidades do cliente, oferecendo um conteúdo mais relevante e um processo de checkout mais ágil.
2 – Nike
O objetivo da Nike era ter um e-commerce voltado para dispositivos móveis para aumentar as vendas em dispositivos móveis. Isso exigia uma otimização de todos os elementos, incluindo o visual e os CTAs para atender a uma interação de tela menor. Assim, a marca implementou o e-commerce headless, React SPA combinado com Node.js backend for frontend (BFF) para poder otimizar as experiências em todas as páginas.
Como resultado, aos poucos, a Nike começou a conquistar mais participação de mercado se comparado aos seus principais concorrentes e tornando-se líder de mercado também em vendas no mobile.
3 – Target
A segunda maior rede de lojas de departamento nos Estados Unidos, a Target, enfrentou uma forte concorrência da Amazon e do Walmart, cujos clientes mudavam facilmente de uma marca para outra. Após uma análise completa, a gigante do varejo concluiu que quase 80% de seus clientes iniciam a jornada de compra em um dispositivo e terminam em outro. A marca viu um enorme potencial de crescimento ao preencher essa lacuna entre os dispositivos e abordou o headless commerce para unificar a jornada de compra de seus clientes em diferentes dispositivos.
Depois de adotar o headless, a Target observou um aumento na taxa de conversão de seu site, já que seus usuários declararam que a facilidade em concluir as compras era notável.
Em todos esses casos, as empresas tiveram que superar desafios técnicos e culturais para implementar o e-commerce headless com sucesso. No entanto, os resultados obtidos mostram que essa abordagem pode ser extremamente vantajosa para empresas de diversos setores e tamanhos.
Seja para implementar uma nova plataforma de vendas ou melhorar a plataforma existente, é fundamental investir em tecnologia, equipes qualificadas e uma cultura de inovação para obter resultados positivos como os das empresas apresentadas.
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